quinta-feira, 30 de março de 2017

Juíza que virou refém e escapou de ataque teme agressor

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“Eu não tenho raiva, não tenho mágoa, não tenho rancor. Eu perdoo, com certeza”, declarou ao G1 a juíza Tatiane Moreira Lima, de 38 anos, sobre o homem que há exatamente um ano invadiu o fórum onde ela trabalha no Butantã, Zona Oeste de São Paulo, a manteve refém por meia hora e ainda tentou queimá-la.
O agressor foi o vendedor Alfredo José dos Santos, de 37 anos. Ele está preso desde então em Tremembé, interior do estado, à espera do seu julgamento. A juíza, no entanto, disse que não se sente segura se Alfredo vir a ser solto e tentar matá-la mais uma vez. “Eu tenho medo dele… Não de ele ser solto, mas de ele novamente tentar contra a minha vida”, contou.
Casada, com filhos e juíza da Vara da Violência Doméstica e Familiar, ela concedeu entrevista à equipe de reportagem no mesmo gabinete onde ocorreu o crime. Tatiane ainda se lembra do ataque sofrido em 30 de março de 2016, mas o usou em seu favor.
Desde que voltou ao trabalho, em 4 de abril do ano passado, tem se dedicado a difundir dentro do fórum um programa de recuperação de homens que agridem mulheres. Além de psicólogos, ele conta com a ajuda da assistente social Eiko Ita Hashizume.
Quando cometeu o crime, Alfredo havia driblado a segurança do prédio e jogado um “artefato incendiário” na direção do segurança Crispiniano Márcio Oliveira de Almeida.
O vigilante ainda tentou atirar para tentar detê-lo, mas não conseguiu. Em seguida, o vendedor foi até a sala de Tatiane, onde teria uma audiência com ela. Ele era acusado de ter agredido a ex-mulher.

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