sexta-feira, 16 de junho de 2017

Wilma de Faria: suas lutas, derrotas e vitórias

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A professora Wilma de Faria venceu as eleições de 2000 já no primeiro turno, contra a candidata do PT, Fátima Bezerra. Os anúncios da TV não dispensavam a presença de sua imagem, discorrendo com suposta propriedade sobre todas as realizações governamentais, reforçando a marca de um servidor incansavelmente dedicado ao trabalho.
O bom momento à frente da prefeitura e uma imagem torneada e fortalecida incitam Wilma a mais um enfrentamento. Do alto de sua popularidade, como indicavam várias pesquisas de opinião à época, vislumbra um cenário não tão hostil, e ela prepara o rompimento com seu grupo político, a Unidade Popular, cujo candidato até então era Henrique Alves. Com a debandada do senador Fernando Bezerra, em conversas adiantas com José Agripino, inicia-se a implosão do projeto acordado dois anos antes. No inicio de 2002, é a vez de Wilma desligar-se da Unidade Popular. Henrique Alves, que se licenciara do cargo de deputado federal para assumir uma secretaria no governo de Garibaldi, no intuito de acompanhar de perto as movimentações do quadro político e ter seu nome aproximado da população, desiste da disputa. Para o seu lugar é escalado o vice-governador Fernando Freire.
Wilma encontra dificuldades para viabilizar-se politicamente, pois não pode concorrer sem o apoio da máquina governamental: no âmbito municipal e estadual ela estava nas mãos do grupo adversário. Em Natal, seu vice, Carlos Eduardo Alves (PMDB), era a garantia da família contra uma possível traição. O jogo estava armado: de um lado estariam a perda de dois anos de mandato, a entrega da prefeitura à oposição e a perspectiva de uma disputa sem nenhuma estrutura, mas a vantagem de uma imagem político-midiática solidamente construída e estribada em base social; de outro, dividindo o tabuleiro do xadrez, um governador sem expressão, apoiado pela família Alves, e um senador, presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), com fortes ligações com o setor empresarial norte-rio-grandense, mas sem nenhum traquejo social, Fernando Bezerra, apoiado pelo grupo Maia. E ao ponderar as possibilidades, ela diz: “eu sou candidata à governadora”. E fez a aposta.
A guerreira e suas lutas

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